Associação Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campo de Públicas

O Movimento e sua História

O Campo de Públicas surge no Brasil a partir da consolidação de cursos de graduação e pós-graduação voltados ao estudo da Administração Pública, Gestão de Políticas Públicas, Gestão Social, Políticas Públicas e áreas afins.

Origem e primeiras mobilizações

  • Nos anos 1990 e 2000, houve uma expansão de cursos que se diferenciavam das formações tradicionais em Administração de Empresas, com foco na gestão pública, na democracia e nas políticas sociais.
  • Estudantes, docentes e pesquisadores começaram a se organizar em torno de uma identidade própria, distinta da Administração Privada, do Direito e da Ciência Política, enfatizando o serviço público, a participação social e o interesse coletivo.

A consolidação como movimento

  • No início dos anos 2000, surgiram coletivos estudantis e acadêmicos que lutaram pelo reconhecimento da área como “Campo de Públicas”.
  • Esse esforço resultou em espaços de articulação como o Fórum de Coordenadores de Cursos de Públicas, a criação de associações científicas e o diálogo com órgãos governamentais e conselhos profissionais.

Avanços institucionais

  • Reconhecimento dos cursos de Administração Pública pelo MEC.
  • Criação de associações científicas específicas, como a ANEPCP (Associação Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão em Ciências da Administração Pública), que organiza debates e congressos.
  • Inclusão do termo “Campo de Públicas” em documentos oficiais e maior presença nos debates sobre carreiras públicas e formação profissional.

Identidade e princípios

  • O movimento se consolidou em torno de alguns eixos centrais:
  • Defesa do interesse público;
  • Valorização da democracia e participação social;
  • Integração entre ensino, pesquisa e extensão;
  • Promoção da ética, da diversidade e da gestão pública eficiente.

Situação atual

Hoje, o Campo de Públicas é reconhecido como um espaço legítimo de formação, pesquisa e atuação, com presença em diferentes universidades brasileiras e articulação nacional. Ele continua em movimento, enfrentando desafios como:

  • a valorização profissional dos egressos;
  • a definição de identidade em relação a outros campos (Administração, Economia, Ciência Política, Direito);
  • e a necessidade de diálogo constante com a sociedade e o Estado.