Associação Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campo de Públicas

Extensão no Campo de Públicas

1. Fundamentos

  • Baseada no princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (CF/88 e LDB – Lei nº 9.394/1996).
  • Na área de Públicas, a extensão é compreendida como ação transformadora, articulada ao compromisso com o interesse público, a democracia e a justiça social.
  • As DCNs da Administração Pública (2014) reforçam que a formação deve incluir experiências de interação dialógica com comunidades e instituições públicas.

2. Formas de Atuação

  • Projetos de extensão universitária: desenvolvimento de diagnósticos, planos e soluções para governos locais e organizações sociais.
  • Laboratórios e observatórios de políticas públicas: espaços permanentes de acompanhamento de políticas sociais, urbanas, ambientais etc.
  • Parcerias com comunidades: oficinas, rodas de diálogo, capacitações e projetos participativos.
  • Assessoria a órgãos públicos: colaboração em planejamento estratégico, inovação em gestão, avaliação de programas e transparência.
  • Eventos e atividades culturais: seminários, fóruns, cursos de extensão, feiras de cidadania.

3. Objetivos Formativos

  • Aproximar estudantes da realidade dos problemas públicos.
  • Desenvolver competências práticas em mediação, participação e gestão social.
  • Promover a aprendizagem mútua entre universidade e sociedade.
  • Estimular valores de cidadania, solidariedade e corresponsabilidade.

4. Exemplos de Iniciativas no Campo de Públicas

  • Projetos de orçamento participativo em cidades.
  • Capacitação de conselhos municipais de saúde, educação e assistência social.
  • Observatórios de políticas públicas (educação, juventude, meio ambiente, diversidade).
  • Planos de desenvolvimento local sustentável construídos em parceria com comunidades.

5. Desafios Atuais

  • Institucionalização: garantir que as universidades deem o devido peso à extensão nos currículos (ex.: 10% da carga horária mínima, conforme Resolução CNE/CES nº 7/2018).
  • Reconhecimento social: mostrar que a extensão gera impacto real para comunidades e governos.
  • Integração efetiva com ensino e pesquisa: muitas vezes as ações ficam isoladas.
  • Financiamento e continuidade: garantir recursos e sustentabilidade dos projetos.