Fundo Campo de Públicas em ação
07/02/2018
Atualizado em
22/03/2022
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O Fundo surgiu como ideia após o Encontro Nacional de Estudantes de Administração Pública de 2013, organizado pelo Diretório Acadêmico da Escola de Governo. A proposta era construir um Fundo que gerisse recursos de maneira sustentável para financiar atividades acadêmicas de interesse dos alunos da Fundação João Pinheiro. A inspiração do modelo veio dos fundos Endowment, muito comuns no exterior, mas que possuem somente uma experiência semelhante no Brasil, na Politécnica da USP, o Amigos da Poli.
Foi montado no fim de 2013 um grupo de discussão sobre o tema com o Diretório Acadêmico, João Pinheiro Jr. e Sindesp. A principal proposta do Fundo é de que ele receba doações de pessoas físicas e jurídicas, e somente os rendimentos dos recursos são gastos, de maneira que ele seja perpétuo. Com esses rendimentos, o Fundo realiza processos de seleção de projetos a serem financiados e acompanha a execução do planejamento e do uso dos recursos. Durante o período de concepção da proposta, definimos que o principal objetivo do Fundo é de apoiar o desenvolvimento do Campo de Públicas como um todo. O contexto de criação vinculado a Fundação João Pinheiro direciona as atividades nesse meio, mas foi definido que inserido no contexto do Campo Nacional, o Fundo deveria se preparar para abarcar a participação de outras instituições.
Foi montada uma Diretoria Provisória, com a tarefa de realizar os procedimentos de início de funcionamento do Fundo, como o registro, abertura de conta em banco, realização do primeiro edital de financiamento e após um ano, organizar a primeira Assembleia Geral para nomear a primeira diretoria de fato. O Fundo obteve seu registro em cartório, CNPJ junto a Receita Federal, autorização da Prefeitura, autorização de uso de endereço da Fundação João Pinheiro Campus Brasil.
No atual momento então, o Fundo existe como entidade jurídica embora não tenha iniciado as atividades, já tem identidade visual pronta, 2 anos de acumulo de pesquisa, discussão e experiência para desenvolver o trabalho proposto. Já foi realizada também a Assembleia Geral para nomear nova diretoria e agora é preciso criar a conta em banco, receber a doação do Diretório Acadêmico, investir os recursos e realizar seu primeiro edital de financiamento.
Conheça o Fundo Campo de Públicas: https://youtu.be/MMqIW6OXxas
Canal no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCcqFdZLivqrxdlS3EGOOEpQ
Facebook: https://www.facebook.com/fundocampodepublicas/
Fonte:
XXXIII CSAP | Escola de Governo Prof. Paulo Neves de Carvalho | Fundação João Pinheiro
Assessora de Relações Institucionais
Federação Mineira de Empresas Juniores | FEJEMG
Conselheira Administrativa
João Pinheiro Jr. | Consultoria Júnior em Administração Pública
Conselheira Multiplicadora
Federação Mineira de Empresas Juniores | João Pinheiro Jr.
Fundo Campo de Públicas
Informações aqui.
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Divulgação a pedido:
Programa de Pós-Graduação em Administração/ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Inscrições abertas somente pelo correio até 15 de setembro de 2017
Mais informações: http://cursos.ufrrj.br/posgraduacao/ppga/
O exercício retórico que mobiliza, reúne e constrói entendimentos no Brasil por vezes se utilizou dos manifestos e cartas abertas a população. Na Nova República, PSDB, PT e PMDB sinalizaram em períodos distintos perspectivas em relação ao futuro do país e ações que deveriam ser tomadas como prioridades de governo, baseadas em uma análise de conjuntura. No contexto atual essa tarefa nos incumbe um esforço intelectual sobre-humano, dadas as incertezas e desconfianças em relação a manhã seguinte. Sejamos claros: qualquer proposta, mudança constitucional, reforma estrutural ou projeto consistente dependerá de um arranjo de forças políticas que possa propor e aprovar no Legislativo. Além de um Poder Judiciário que não revogue as decisões políticas. Cabe a nós, sociedade, aprender com o momento e exercer nossa cidadania através de nossas associações, grupos, conselhos, conferências e buscar dar nossa parcela de contribuição. Os diagnósticos parecem mais claros dos que a medicação e a posologia.
Chegamos quase no fim da segunda década no novo milênio e ainda estamos devendo as reformas que deveriam ter sido feitas há 50 anos atrás. Vivemos entre avanços e retrocessos, entre novas e velhas práticas em um sincretismo singular. Estendemos e fizemos valer direitos civis, políticos e sociais em nosso texto constitucional; mas ainda temos uma desavergonhada e aterrorizante desigualdade social. Temos um avançadíssimo sistema de aferição de votos, enquanto convivemos com o clientelismo político. Construímos sistemas únicos e fundos em serviços públicos (saúde, educação e assistência social) com potencial desperdiçado por falta de capacidade gerencial e financiamento. Uma alta e complexa carga tributária conflita com sua regressividade e as pequenas parcelas destinadas aos municípios. Os desdobramentos das investigações sobre a Lava-Jato, em que pese suas críticas, desnudou um conluio entre as elites políticas e empresariais, embora já pensássemos que vivíamos um período de estabilidade democrática. As Escolas de Governo e a institucionalização dos concursos públicos universais, misturam-se em um sem número de nomeações cruzadas em cargos em comissão e os privilégios e corporativismo de certas carreiras na burocracia estatal.
Quase não tivemos tempo nem os recursos para pensar no óbvio e o prioritário: a melhoria dos serviços públicos reais para as pessoas reais. Ideologizamos questões que não precisavam ser ideologizadas e, nessa confusão, esquecemos dos serviços públicos. Perdemos mais uma vez o bonde da história. Existe uma razão para esse atraso, não estávamos preparados para reconhecer a dimensão da corrupção que nós mesmos estávamos chafurdados. Entretanto, vivemos um momento único de autoconhecimento da sociedade brasileira, em que, individual e coletivamente, todos estejam repensando o seu papel na construção do país que querem. É claro que, em um nível mais objetivo, será preciso mais investimento na gestão, em programas descentralizados na temática e na melhoria de processos da administração pública, assim como o incentivo às carreiras de especialistas, principalmente em nível local. Mas tudo isso será em vão se o país não tiver uma coalizão que suporte a reforma no Estado com os profissionais do Campo de Públicas, especialistas, organizações não-governamentais, associações municipais, políticos comprometidos com a pauta. Esta coalizão deve se sintonizar com as demandas do Brasil do futuro: a solução dos conflitos distributivos, a necessidade de transparência, o fim dos privilégios de classe, a busca constante pela efetividade.
A profissionalização da Administração Pública é, para a burocracia, a profissionalização do servidor público, isto é, uma mudança cultural de postura destes rumo à vocação e ética. E para a população, a profissionalização da administração pública é o acesso mais fácil a serviços, o resultado do exercício de cidadania e fiscalização, mas também uma revolução cultural de postura com o Estado, de luta pelos direitos e cumprimento dos deveres. Neste novo tempo, em nosso novo pacto assinado aos olhos da sociedade a portas e janelas abertas, precisaremos atuar para que a profissionalização da Administração Pública não seja somente um meio para a melhoria dos serviços a população, e sim um sintoma do nosso novo estágio de conscientização, em que o reconhecimento da ética, a expansão da pesquisa na área, as inovações tecnológicas e a formação vocacionada serão o caminho para o desenvolvimento equitativo da sociedade.
Administradores Públicos Leandro Rodrigues da Silva (ESAG/Udesc), Cícero Nogueira Marra e Vitor Cândido Leles de Paulo (Fundação João Pinheiro).
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